[...]SEU FLORESCER COMO POETISA E ESCRITORA
Desde o início da vida estudantil no Colégio da Imaculada Conceição, Zila projetou-se como uma das melhores alunas, revelando-se com tendências a escrever. Nesse tempo, circulava em Natal um jornal católico, "A ORDEM", no qual tivera chances de publicar alguns contos modernos e outros artigos relevantes para sua idade.
Certa vez, Pe. Francisco das Chagas Neves Gurgel, Capelão da Marinha, jornalista e Professor do Seminário São Pedro - e grande amigo da família -, escrevera nesse jornal, um artigo sobre Zila, sob o título "ZILA: ELA ESCREVERÁ". Esse fato, talvez teha sido um incentivo maior para o florescer de sua vida como escritora, gravado para sempre em minha memória. Entretanto, não tenho lembranças de suas publicações nesse jornal natalense.
Anos depois - 1951-1952 -, Zila publicou no Diário de Natal, 38 poemas e 06 textos em prosa, matéria inédita até o ano de 2009, fato desconhecido por sua família. Depois de "achados" nesse jornal, foram organizados num livro sob o título de EXERCÍCIOS DE POESIA - textos esparsos. Coube aos professores Humberto Hemenegildo de Araújo, Marise Adriana Mamede Galvão e Maria José Mamede Galvão a incumbência de organizá-lo. Esse livro incluiu-se na continuidade à "Coleção de Estudos Norte-Riograndenses", um programa efciente da UFRN, através do Núcleo Câmara Cascudo de Estudos Norte-Riograndenses e da Editora da UFRN-EDUFRN, apresentado ao público pelo Prof.José Ivonildo do Rego, Reitor da Universidade, no ano de 2009 [...].
(Este texto foi extraído do tema acima, integrante de uma mesa redonda em homenagem à Zila, em comemoração ao Dia Nacional da Poesia, organizado pelo Grupo Casarão de Poesia, UFRN/Campus de C. Novos e IFRN/Campus de C. Novos, no dia 26 de março de 2010).
quinta-feira, 1 de abril de 2010
quinta-feira, 18 de março de 2010
PARA O DIA DA POESIA
Nesta casa pequena, quente
falta-lhe espaço - caminhos de vento, chuva, sol.
A outra casa
varrida pelo vento
banhada pela chuva e sol
ecoa choros, cantares, conhos:
hoje é uma casa qualquer
numa rua qualquer
- sem choro, sem canto e encanto.
falta-lhe espaço - caminhos de vento, chuva, sol.
A outra casa
varrida pelo vento
banhada pela chuva e sol
ecoa choros, cantares, conhos:
hoje é uma casa qualquer
numa rua qualquer
- sem choro, sem canto e encanto.
terça-feira, 2 de março de 2010
C A R T A S
guardadas na caixa
desbotadas
sexagenárias.
Nas linhas e entrelinhas
linda história de amor:
primeiro encontro
primeiro beijo
o ciúme
a valsa azul
na festa da despedida
- a s a u d a d e...
desbotadas
sexagenárias.
Nas linhas e entrelinhas
linda história de amor:
primeiro encontro
primeiro beijo
o ciúme
a valsa azul
na festa da despedida
- a s a u d a d e...
SAUDADE
a Jorácio
Onde as marcas do amor
em sonhos depositadas
rosa brancas / vermelhas rosas
desfolhadas ao vento da tarde?
Onde os sonhos / brancas mãos
entrelaçados dedos / em manhã doirada
felizes dias / construindo amores
ao longo dos caminhos / ardentes de sol?
Onde as tardes / multicores
longos abraços
docemente emolduraram / rostos
presença /ausência?
De repente
estrela azul caiu...
No negror da noite
restou a saudade...
(Para Jorácio, no aniversário de sua partida)
Ah Jorácio,
Se eu pudesse, meu pensamento não deixaria você. Voltaria no tempo e abraçava-o, aconchegando-o mornamente. Embalava-o em seu berço balouçante, como o fiz em muitas em muitas noites mal dormidas.
Ah Jorácio,
Se eu pudesse, esperaria você todas as noites quando retornava da escola, para abrir a porta e sentí-lo feliz, em casa.
Ah Jorácio,
Se eu pudesse, você não teria saído naquele dia, em que não retornou...
(Para Jorácio, as marcas de minha saudade)
Onde as marcas do amor
em sonhos depositadas
rosa brancas / vermelhas rosas
desfolhadas ao vento da tarde?
Onde os sonhos / brancas mãos
entrelaçados dedos / em manhã doirada
felizes dias / construindo amores
ao longo dos caminhos / ardentes de sol?
Onde as tardes / multicores
longos abraços
docemente emolduraram / rostos
presença /ausência?
De repente
estrela azul caiu...
No negror da noite
restou a saudade...
(Para Jorácio, no aniversário de sua partida)
Ah Jorácio,
Se eu pudesse, meu pensamento não deixaria você. Voltaria no tempo e abraçava-o, aconchegando-o mornamente. Embalava-o em seu berço balouçante, como o fiz em muitas em muitas noites mal dormidas.
Ah Jorácio,
Se eu pudesse, esperaria você todas as noites quando retornava da escola, para abrir a porta e sentí-lo feliz, em casa.
Ah Jorácio,
Se eu pudesse, você não teria saído naquele dia, em que não retornou...
(Para Jorácio, as marcas de minha saudade)
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Z I L A
Trouxe flores para você:
uma guirlanda colhida dos milharais
plantados em sua Rosa de Pedra
onde as flores amarelas das espigas
transformaram-se em loiras bonecas.
Dos milharais vermelhos trouxe, ainda,
vermelhas papoulas para lhe adornar.
Trouxe amor para você, um amor puro
para compensá-la do seu
[...] arrastado amor antigo
desmanchado do contigo
desfibrado do comigo
quebrado na encantação[...].
Que se foi, [...] que era nada,se acabou.
Quero, então, cantar uma canção
ao colher as flores, abraçando-as,
versos burilados por você
plenos de ternura e saudade:
[...] Agora é tudo um sol encantamento[...]
"as ramas do algodão reverdecidas
habitam-se de flores amarelas[...]"
E junto à canção que canto
entrego-lhe as flores multicores
- cheias de lirismo e amor -
colhidas para realçar sua beleza
em manhã clara de sol
amornando seus cabelos,
exaltando seu caminhar na terra.
(Tributo aos 81 anos do nascimento de Zila, ocorrido a 15 de setembro. Utilizei alguns excertos de seus poemas, em NAVEGOS, Ed. original).
uma guirlanda colhida dos milharais
plantados em sua Rosa de Pedra
onde as flores amarelas das espigas
transformaram-se em loiras bonecas.
Dos milharais vermelhos trouxe, ainda,
vermelhas papoulas para lhe adornar.
Trouxe amor para você, um amor puro
para compensá-la do seu
[...] arrastado amor antigo
desmanchado do contigo
desfibrado do comigo
quebrado na encantação[...].
Que se foi, [...] que era nada,se acabou.
Quero, então, cantar uma canção
ao colher as flores, abraçando-as,
versos burilados por você
plenos de ternura e saudade:
[...] Agora é tudo um sol encantamento[...]
"as ramas do algodão reverdecidas
habitam-se de flores amarelas[...]"
E junto à canção que canto
entrego-lhe as flores multicores
- cheias de lirismo e amor -
colhidas para realçar sua beleza
em manhã clara de sol
amornando seus cabelos,
exaltando seu caminhar na terra.
(Tributo aos 81 anos do nascimento de Zila, ocorrido a 15 de setembro. Utilizei alguns excertos de seus poemas, em NAVEGOS, Ed. original).
VISÃO
Nas pedras de Petra
pretas pedras deslizam
vento areia sol
luz e sons
formas cores emoção.
De longe
meus olhos enxergam
nas fendas pétreas
flores róseas bailando ao vento
presas no pétreo chão.
pretas pedras deslizam
vento areia sol
luz e sons
formas cores emoção.
De longe
meus olhos enxergam
nas fendas pétreas
flores róseas bailando ao vento
presas no pétreo chão.
CONTOS DE UM PASSADO PERFEITO
"Este livro precisava ser repartido como o Pão de Cristo, precisava ser multiplicado como os Eus do poeta português Fernando Pessoa, precisava ser compartilhado com as crianças da idade de Anis".
Com esse sentimento de partilha, Maria Maria escreveu seu terceiro livro, não somente para crianças. Nele, os adultos incursionam pela infância, num retorno maravilhoso aos seus sonhos e desejos, marcas indeléveis para a realidade.
Compartilhe com esse momento de alegria para a autora, no dia 13 de dezembro, às 19 horas, em A VILLA, Currais Novos-RN.
Postado por Maria José Mamede Galvão
Com esse sentimento de partilha, Maria Maria escreveu seu terceiro livro, não somente para crianças. Nele, os adultos incursionam pela infância, num retorno maravilhoso aos seus sonhos e desejos, marcas indeléveis para a realidade.
Compartilhe com esse momento de alegria para a autora, no dia 13 de dezembro, às 19 horas, em A VILLA, Currais Novos-RN.
Postado por Maria José Mamede Galvão
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