sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Z I L A

Trouxe flores para você:
uma guirlanda colhida dos milharais
plantados em sua Rosa de Pedra
onde as flores amarelas das espigas
transformaram-se em loiras bonecas.
Dos milharais vermelhos trouxe, ainda,
vermelhas papoulas para lhe adornar.

Trouxe amor para você, um amor puro
para compensá-la do seu
[...] arrastado amor antigo
desmanchado do contigo
desfibrado do comigo
quebrado na encantação[...].
Que se foi, [...] que era nada,se acabou.

Quero, então, cantar uma canção
ao colher as flores, abraçando-as,
versos burilados por você
plenos de ternura e saudade:
[...] Agora é tudo um sol encantamento[...]
"as ramas do algodão reverdecidas
habitam-se de flores amarelas[...]"

E junto à canção que canto
entrego-lhe as flores multicores
- cheias de lirismo e amor -
colhidas para realçar sua beleza
em manhã clara de sol
amornando seus cabelos,
exaltando seu caminhar na terra.

(Tributo aos 81 anos do nascimento de Zila, ocorrido a 15 de setembro. Utilizei alguns excertos de seus poemas, em NAVEGOS, Ed. original).

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