terça-feira, 15 de setembro de 2009

FALSA ODE CAMONIANA - Zila Mamede

aos que amam Zila e sua poesia

Se nesta ode eu te ofereço o canto
do meu amor contido, como a rosa,
possa minhalma desvendar-se em quanto
alumbramento ela se oculta; possa
doar-se, a ti falar com desassombro
dessa ternura, desse amornamento
que me possui, me pousa, me acalanta
quando, em te vendo, meu amor te alcança.
Que despertar-te tanta vez subido
ao pensamento para dar-se, desça
dos olhos; pássaros migrando teu
abandono, pousem depois, campinas
que, no lirismo teu, hás de habitar.

* Poema publicado no livro NAVEGOS (original)- Exercício da Palavra, p. 70, Ed. VEGA S.A., Belo Horizonte, 1978.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A Ponte

Natal!
Ribeira!
Cais!
Ribeira cais
dos barcos
dos barcos de vela
"de vela panda ao vento"
dos barcos de remo
dos barcos velozes
jangadas...

Cais da Ribeira
"do Potengi amado":
o rio das pontes
- a velha e a nova.
O rio dos homens...
os homens passaram...

"Salto esculpido"
sobre o vão de água
em chão de água
em verde chão de água
em verde chão de água do Rio
em verde chão de água do Rio Potengi!
Os homens chegaram...
Os homens cantaram...

A P O N T E!!!!!!!!!!