Meu Vô falou
o galo quando canta
é hora marcada
é hora, é hora, é hora...
O galo canta
o galo canta e dorme
outra vez canta o galo
o galo canta no poleiro...
Meia noite!
O galo bate as asas
o galo empina o bico
o galo canta
canta como clarim
cheio de graça canta o galo
canta pra anunciar
Jesus nasceu!
Cantar fora de hora
é mau agouro
é moça roubada.
Ao nascer da barra
o galo canta
duas vezes canta o galo
é canto de alegria!
O galo canta no terreiro...
quarta-feira, 24 de junho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
M i r a g e m
Na placidez das aguas
desenhou-se outra mulher
multipliquei-me.
No encanto da manhã
dividí-me
banhando-me
sob raios de sol.
desenhou-se outra mulher
multipliquei-me.
No encanto da manhã
dividí-me
banhando-me
sob raios de sol.
domingo, 7 de junho de 2009
TEM COCO, TÁ QUENTE!
Era o refrão
do vendedor de mugunzá.
Latas de zinco
atravessadas
em vara dependuradas
guardavam o manjar
nas costas do menino.
Seu grito
tem coco, tá quente!
Perdia-se à tardinha
ao longo da rua estreita
em tempos da Guerra!
Soldados com saudade
fome
enfeitavam as ruas
de Natal...
No azulão do céu
a estrela vespertina!
do vendedor de mugunzá.
Latas de zinco
atravessadas
em vara dependuradas
guardavam o manjar
nas costas do menino.
Seu grito
tem coco, tá quente!
Perdia-se à tardinha
ao longo da rua estreita
em tempos da Guerra!
Soldados com saudade
fome
enfeitavam as ruas
de Natal...
No azulão do céu
a estrela vespertina!
DA MINHA JANELA
Vi
o homem
sertanejo
sentar-se
em banco
da praça.
Gato preto
enroscou-se
em suas pernas
de mansinho
ronronando;
olhou ao redor.
Era sábado
de Judas
pardais cantavam
PAZ!
Véu de noiva
cobria o chão
vestindo a cidade
em novo dia - PÁSCOA!
o homem
sertanejo
sentar-se
em banco
da praça.
Gato preto
enroscou-se
em suas pernas
de mansinho
ronronando;
olhou ao redor.
Era sábado
de Judas
pardais cantavam
PAZ!
Véu de noiva
cobria o chão
vestindo a cidade
em novo dia - PÁSCOA!
R E T R A T O
á Zila (in memorian)
Em caixa guardado
sozinha furtei
retrato amado
pra ele olhei.
A vejo de perto
de olhos tristonhos
olheiras pintadas
escondem seus sonhos.
Cabelos sedosos
nos ombros caindo
contornam a face
amada - que lindo!
Seu vulto menina
faceiro, risonho
- embora bem longe
falava de sonho.
Fecho meus olhos:
de musgos molhada
vejo outra face
no mar encantada!
Em caixa guardado
sozinha furtei
retrato amado
pra ele olhei.
A vejo de perto
de olhos tristonhos
olheiras pintadas
escondem seus sonhos.
Cabelos sedosos
nos ombros caindo
contornam a face
amada - que lindo!
Seu vulto menina
faceiro, risonho
- embora bem longe
falava de sonho.
Fecho meus olhos:
de musgos molhada
vejo outra face
no mar encantada!
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