terça-feira, 20 de julho de 2010

Exaltação ao Mons. Ausônio

O Senhor nos deixou rumando para a eternidade...
Essa partida foi plenificada com orações e cânticos sublimes,
regados com lágrimas de saudades.
Seu caminhar deixou impresso em nosso coração
o sinete do amor, da fraternidade, da justiça social,
sentimentos repartidos entre homens e mulheres de sua cidade amada.

Na nobre missão de Sacerdote, pontilhada de momentos felizes e belos
e de horas de angústia e sofrimento, suas mãos de Sacerdote
foram instrumentos para externar o que trazia na alma e no coração
no cumprimento do seu ministério sagrado.

As mãos do Sacerdote, mãos que abençoavam contritamente, as pessoas
acalmando tormentos e aflições, ao ajoelharem-se, timidamente para a Confissão.
Mãos que elevaram o Corpo de Deus presente na Sagrada Eucaristia,
dividindo-o mansamente com homens e mulheres nesse momento sublime,
momento de Fé e de Amor. [...]

Mãos do Sacerdote, mãos que na Santa Missa presidiam o gesto solene
da Bênção Final: em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
e do Hino à Sant ´Ana, Excelsa Padroeira, desejando momentos felizes a todos
na reunião fraterna e no aconchego morno da família.

Mãos de Sacerdote, mãos de amigo que num toque peculiar
e carinhoso dizia, acolhendo os que o procuravam:

- Você está bem?
- Você está feliz?

Era o desejo nascido de sua alma de ver todos felizes...

Mãos de Sacerdote, mãos de Professor
apontando os caminhos da vida na Igreja, na sala de aula.

Mãos de escritor, registrando poesia e encantamento com a vida
do mais íntimo do pensamento, deixando impressos em seu arquivo "Coisas da vida",
onde, naturalmente, revelará o cerne de seu coração e o infinito do seu amor
a Deus e aos homens e mulheres desta terra!

(Parte da Mensagem proferida por ocasião da Missa de 30º dia na Matriz de Sant´Ana, em C. Novos, no dia 14 de março de 2001-Publicado em Currais Novos em Revista - 2001)

Para o Dia do Amigo

Do baú da vida:
retirei todos os momentos felizes
as flores coloridas com amor e poesia
os sonhos guardados para repartir com os amigos
as linhas para, diariamente, tecer os sonhos
e hoje distriuir a tessitura de tudo que guardei!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O outro lado

Sopra o vento frio da manhã sertaneja.
Faz coro aos pardais, aos chiados de vasouras
de palha varrendo folhas secas, enroladas na minha rua.

A cidade está nua de gente
de carros espanlhando sons e ruídos
alarmantes - músicas gritantes aos meus ouvidos.

Todos dormem. Cavalos não troteiam
mais. Apenas, dormem. Seus cascos não repetem
a música das cavalgadas longínquas em estreitas veredas.

Nem desenham os caminhos
estreitos nas manhãs/tardes/noites formatados
no pátio da vaquejada para o brilho dos vaqueiros!

E os bois, machucados e sonolentos
ruminam sede e fome. Todos sonham com o capim verdinho
dos pastos, e a água corrente dos riachos defrescantes.

E os vaqueiros? Que dizer também
do corpo cansado, de noites insones, da saudade?
De onde seus sonhos? Seus desejos? Seu alvorecer?

sábado, 10 de julho de 2010

Campo de poesias:

do céu - lua nuvens chuva
sol estrelas

da terra - folhas flores vento
rios pedras

da alma - tristeza mágoa alegria
amor saudade pranto

tecendo poemas com os fios do coração: choros, falas, encanto!
Nessa dialética
crepúsculos de alvores róseos
antecipam crepúsculos vespertinos
azuis, lilases, cinzas
- sóis e luas
caminhos circulares
do tempo.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Homenagem à Cavalgada de Sant´Ana

[...]
Do lombo das serras, a cavalgada
transforma-se em miragem, com
a visão de perfil dos cavaleiros e
amazonas, através do contraste do
azul do céu e do raiar do sol, espraiando
seus raios e iluminando a manhã sertaneja! [...]

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sant`Ana: mulher forte

Sua doce presença
suscite Fé e Amor,
reacenda-os no coração
de todos os fiéis
- dos filhos da terra,
dos visitantes,
de todos que a veneram!

Sant´Ana,
sua doce presença
alivie penas, cure e encorage,
nos anime a superar
momentos de angústia e aflição!

A Fé e o amor
sugeridos por sua doce presença,
nos levaram a partilhar ações
para a realização
da Festa de Sant´Ana!

Sua doce presença, SANTANA
é o farol que alumia
os caminhos dos que acreditam,
dos que sofrem, dos que amam.
Sant´Ana, guarde-nos em seu coração!

(poema de minha autoria, a partir de uma oração à Sant´Ana, publicado em 2001).