Na placidez das aguas
desenhou-se outra mulher
multipliquei-me.
No encanto da manhã
dividí-me
banhando-me
sob raios de sol.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
domingo, 7 de junho de 2009
TEM COCO, TÁ QUENTE!
Era o refrão
do vendedor de mugunzá.
Latas de zinco
atravessadas
em vara dependuradas
guardavam o manjar
nas costas do menino.
Seu grito
tem coco, tá quente!
Perdia-se à tardinha
ao longo da rua estreita
em tempos da Guerra!
Soldados com saudade
fome
enfeitavam as ruas
de Natal...
No azulão do céu
a estrela vespertina!
do vendedor de mugunzá.
Latas de zinco
atravessadas
em vara dependuradas
guardavam o manjar
nas costas do menino.
Seu grito
tem coco, tá quente!
Perdia-se à tardinha
ao longo da rua estreita
em tempos da Guerra!
Soldados com saudade
fome
enfeitavam as ruas
de Natal...
No azulão do céu
a estrela vespertina!
DA MINHA JANELA
Vi
o homem
sertanejo
sentar-se
em banco
da praça.
Gato preto
enroscou-se
em suas pernas
de mansinho
ronronando;
olhou ao redor.
Era sábado
de Judas
pardais cantavam
PAZ!
Véu de noiva
cobria o chão
vestindo a cidade
em novo dia - PÁSCOA!
o homem
sertanejo
sentar-se
em banco
da praça.
Gato preto
enroscou-se
em suas pernas
de mansinho
ronronando;
olhou ao redor.
Era sábado
de Judas
pardais cantavam
PAZ!
Véu de noiva
cobria o chão
vestindo a cidade
em novo dia - PÁSCOA!
R E T R A T O
á Zila (in memorian)
Em caixa guardado
sozinha furtei
retrato amado
pra ele olhei.
A vejo de perto
de olhos tristonhos
olheiras pintadas
escondem seus sonhos.
Cabelos sedosos
nos ombros caindo
contornam a face
amada - que lindo!
Seu vulto menina
faceiro, risonho
- embora bem longe
falava de sonho.
Fecho meus olhos:
de musgos molhada
vejo outra face
no mar encantada!
Em caixa guardado
sozinha furtei
retrato amado
pra ele olhei.
A vejo de perto
de olhos tristonhos
olheiras pintadas
escondem seus sonhos.
Cabelos sedosos
nos ombros caindo
contornam a face
amada - que lindo!
Seu vulto menina
faceiro, risonho
- embora bem longe
falava de sonho.
Fecho meus olhos:
de musgos molhada
vejo outra face
no mar encantada!
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Mãe querida
Neste dia que lhe é consagrado, você dá mais um passo no caminho da vida.
Nesse pisar, e no amalhoar diuturno você vai desenhando sua marca: no trabalho, no seu jeito de ser e na invulgar capacidade de ser Mãe!
Por tudo isso Mãe, estamos todos aqui para homenageà-la, para dizer-lhe com simplicidade e amor: você conseguiu seus objetivos. Contudo, você tem, ainda, muito o que realizar. Hoje é apenas uma reflexão, um novo começar, pleno de energia e amor!
Portanto, colhemos juntos muitas flores - como você fez no seu caminho -, e vimos ofertar-lhe em singelo bouquet. Ele traduz o que você é:amor, ternura, desprendimento, sacrifício, bondade e coragem. E,ainda,nosso amor infinito por você!
Parabéns, Mãe!
* Prosa poética em homenagem a todas as Mães no dia que lhe é consagrado: 10 de maio de 2009
Nesse pisar, e no amalhoar diuturno você vai desenhando sua marca: no trabalho, no seu jeito de ser e na invulgar capacidade de ser Mãe!
Por tudo isso Mãe, estamos todos aqui para homenageà-la, para dizer-lhe com simplicidade e amor: você conseguiu seus objetivos. Contudo, você tem, ainda, muito o que realizar. Hoje é apenas uma reflexão, um novo começar, pleno de energia e amor!
Portanto, colhemos juntos muitas flores - como você fez no seu caminho -, e vimos ofertar-lhe em singelo bouquet. Ele traduz o que você é:amor, ternura, desprendimento, sacrifício, bondade e coragem. E,ainda,nosso amor infinito por você!
Parabéns, Mãe!
* Prosa poética em homenagem a todas as Mães no dia que lhe é consagrado: 10 de maio de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
Acari - Minha cidade
Cidade de sol no meu peito sertão adusto
Cidade primeira, secular madona
Erguida fronte, altaneiro busto
Do vale do rio, mais bela que a cremona.
Este teu porte divinal augusto
Domina o algodão do Seridó, a zona
Pioneira no Brasil, de seleção a custo.
No mundo a fibra, mais rica, és a Dona.
Cidade histórica, cidade preparada
Por Deus criada, a natureza se esmerou
Despertando manhãs ao som da passarada
De lindas serras, um colar te ofertou.
Rochas vivas pelo homem cinzeladas
Para o Gigante ali adormecer.
Tranquilo sonhar nas águas espalhadas
Há tantos anos, querendo ali viver.
- És tu, minha cidade! de sonho alcandorado.
Diáfanos teus dias, noites enluaradas.
Beijo-te o solo, meu berço muito amado.
Se lá não mais voltar, deixo-te o adeus às céleres pegadas.
Natal, 5-7-72.
Izaura Dantas de Araújo
* Estes belos versos foram-me entregues por Dona Iracema Galvão, amiga da autora, há muito tempo. Dona Izaura os escreveu com idade avançada. Portanto, merecem nossa atenção pela sua grandeza e significado para sua família e para o Acari.
Cidade primeira, secular madona
Erguida fronte, altaneiro busto
Do vale do rio, mais bela que a cremona.
Este teu porte divinal augusto
Domina o algodão do Seridó, a zona
Pioneira no Brasil, de seleção a custo.
No mundo a fibra, mais rica, és a Dona.
Cidade histórica, cidade preparada
Por Deus criada, a natureza se esmerou
Despertando manhãs ao som da passarada
De lindas serras, um colar te ofertou.
Rochas vivas pelo homem cinzeladas
Para o Gigante ali adormecer.
Tranquilo sonhar nas águas espalhadas
Há tantos anos, querendo ali viver.
- És tu, minha cidade! de sonho alcandorado.
Diáfanos teus dias, noites enluaradas.
Beijo-te o solo, meu berço muito amado.
Se lá não mais voltar, deixo-te o adeus às céleres pegadas.
Natal, 5-7-72.
Izaura Dantas de Araújo
* Estes belos versos foram-me entregues por Dona Iracema Galvão, amiga da autora, há muito tempo. Dona Izaura os escreveu com idade avançada. Portanto, merecem nossa atenção pela sua grandeza e significado para sua família e para o Acari.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
O amanhã
[...]Que será do amanhã
quando a estrela vespertina riscar o céu
onde o rosa do poente já for noite escura
depois do entardecer azul?
Então
já não olharei o céu
pois a noite desceu
e não poderei cantar
os poemas de minha infância
nem pintar o quadro das serras azuis
visto das janelas da alma!
quando a estrela vespertina riscar o céu
onde o rosa do poente já for noite escura
depois do entardecer azul?
Então
já não olharei o céu
pois a noite desceu
e não poderei cantar
os poemas de minha infância
nem pintar o quadro das serras azuis
visto das janelas da alma!
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